ORALIDADE E ESCRITA: UMA REVISÃO
No Brasil, nas ultimas décadas, tem crescido o número de trabalhos que investigam aspectos da historiada escrita no país. Realizados em campos pelos quais indivíduos, familiares e grupos sociais, em diferentes períodos e espaços sociais, se inserem na cultura escrita. Esses estudos ao se debruçarem sobre as relações sobre culturas orais e letradas, sobre as consequências da constituição de modos diferentes de pensamento em culturas diversas, revelam-se um instrumento fundamental na percepção e compreensão de aspectos relacionados a historia da cultura escrita no país.
A EMERGÊNCIA DO CAMPO DE ESTUDOS
Os estudos que buscam investigar culturas orais e escritas emergiram, sistematicamente no início dos anos 1960. Esses trabalhos, versando sobre temas diferentes e originários de países diversos, tinham em comum o fato de colocarem a oralidade em destaque.
Os trabalhos realizados, em diversas áreas de conhecimento, como a Antropologia, a sociologia, enfatizaram o caráter oral da linguagem e as profundas implicações em todos os níveis, da introdução da escrita em culturas tradicionais. Pode-se considerar a emergência desses estudos com preocupações semelhantes em um mesmo período histórico como um movimento de descoberta da oralidade, decorrente do estabelecimento, por Saussure, do primado oral da linguagem.Estudos dessa ordem provocaram também um novo interesse pela palavra escrita e seu principal suporte contemporâneo.
Segundo Havelock, o desenvolvimento crescente, a partir dos anos 60, de pesquisa o campo de estudos que investiga as relações entre o oral e o escrito, coloca na atualidade, os conceitos de oralidade em uma situação diferente da que ocupavam anteriormente ganhando maior importância acadêmica.
OS DIFERENTES TIPOS DE CULTURAS
Alguns autores, em estudos realizados sobre as relações entre oralidade e escrita,têm, pois tipificado as diferentes culturas, a partir do papel que nelas ocupam as palavras oral e