Oral
D. Teresa, porém, deixou-se cativar pelo fidalgo galego D. Fernão Peres, conde de Trava, conselheiro galego e representante da antiga nobreza, que a manipulou para continuar a defender a sujeição a Leão e Castela. D. Afonso Henriques opôs-se assim à sua mãe, pois este pretendia obter a independência do condado.
Armou-se assim em cavaleiro com 16 anos e, apoiado pela baixa nobreza, clero e povo, lutou contra a mãe, apoiada pela alta nobreza, a 24 de junho de 1128 na batalha de S.Mamede, de onde saiu vitorioso, passando a governar o condado.
DIAPOSITIVO 3
Concentrou então os esforços para obter o reconhecimento de Portugal como reino. Em 1140, depois da vitória na batalha de Ourique contra os mouros, D. Afonso Henriques rebelou-se contra o seu primo Afonso VII, rei de Leão e Castela, originando o torneio de Valdevez, do qual foi também vencedor, e autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Contudo, o seu primo apenas lhe concedeu o título de rex (rei) e a independência do condado em 1143, com o Tratado de Zamora, mas só em 1179 é que D.Afonso Henriques ficou completamente desvinculado da sujeição a Leão e Castela, através da Bula Manifestis Probatum.
DIAPOSITIVO 7
Tanto mais que, pela Bula "Manifestis Probatum" a 23 de maio desse mesmo ano, o papa Alexandre III dignou-se a acolher sob a proteção da santa sé, pelos séculos fora, o reino de Portugal, e conferiu a D. Afonso Henriques o direito de conquista de terras aos muçulmanos sobre as quais outros príncipes cristãos não tivessem direitos anteriores, e foi nesta bula que, pela primeira vez, D. Afonso Henriques foi designado como rex (rei).