Opini O Folha
Com o crescimento e desenvolvimento econômico, a humanidade fica cada vez mais deslumbrada com as maravilhas e facilidades que podem ser criadas através das mãos humanas. O ritmo de vida mais acelerado e a busca por praticidade e tecnologia cresce dia após dia. Esquecemos, muitas vezes negligentemente, de que a base que sustenta nosso modelo de vida atual continua sendo o nosso planeta, a tão falada mãe-natureza.
O homem modifica a natureza e a agride ao seu bel prazer, faz dela sua fonte de energia, sua matéria-prima. No caso específico da energia elétrica, muitas formas nos são apresentadas como “limpas”, mas nem sempre são aplicadas da maneira correta, um exemplo são as usinas hidrelétricas. Comprovadamente se sabe que a decomposição da matéria orgânica que é submersa nos represamentos produz muitos gases poluentes, inclusive o metano, um dos gases mais agressivos à atmosfera. Tem-se como exemplo próximo e atual a UHE de Mauá, tão questionada pelos pesquisadores, mas que ainda assim foi construída, ignorando todos os fatos e prejuízos, para satisfazer certas necessidades particulares da região. O local inundado foi limpo apenas parcialmente, considerando ainda, que por conta da demora para se obter as licenças necessárias para iniciar o enchimento do lago, boa parte dessa vegetação já estava se recompondo quando o lago começou a encher, propiciando um prejuízo ainda maior.
Vê-se um aumento de iniciativas na tentativa de abrir os olhos tanto da população ainda leiga, quanto de autoridades fixadas no lucro. Por essa desinformação ou mesmo falta de interesse, os horizontes ficam limitados à vontade e capricho de uma pequena classe detentora do poder. Para suprir a demanda energética do país, é projetado com frequência novas usinas hidrelétricas, sendo esta a produção de energia mais utilizada no Brasil.
Faz-se como uma receita de bolo, você necessita de um trecho de rio ainda não represado (ingrediente que está ficando