Opera O Valkiria
O dia 20 de julho de 1944 marcou o décimo quinto e último atentado contra a vida de Adolf Hitler, mas especialmente marcou o fim de um movimento que poderia ter salvado da humilhação uma Alemanha que seguia inexorável para uma derrota catastrófica militar, econômica e moral. Se por um lado ficava claro que uma parcela dos militares e políticos não compactuava com os pensamentos e procedimentos da Alemanha Nazista e, ainda, que esta parcela tentava minar o regime. Por outro lado, despertou a ira incontrolável de Hitler e muitos de seus seguidores, promovendo uma verdadeira caça às bruxas. Assim, no final, mais de 200 pessoas haviam sido executadas (muitas sem julgamento) acusadas de conspiração. A sobrevivência milagrosa de Adolf Hitler neste atentado reforçou a sua crença na interferência Divina para a consecução de seus desígnios. Desta forma, a Alemanha caminhou a passos largos para a maior derrota moral já sofrida por um país, pois, vencida, seu povo e governo nazistas tiverem de enfrentar de “olhos abertos” toda a iniquidade que cometeram ou deixaram cometer. Deste episódio emergiria para história um nome quase desconhecido, mas que seria o pivô, ou o executor final do atentado e coordenador do Golpe de Estado que devia derrubar o Regime Nazista, o conde coronel Claus Von Stauffenberg.
O FIM DE UMA CARREIRA MILITAR E INÍCIO DE UMA CONSPIRAÇÃO Stauffenberg fez uma brilhante carreira no exército e chegou ao posto de tenente-coronel à 1º de janeiro de 1943. O Comandante-Chefe do Exército, Coronel-General Kurt Zeitzler ficou bastante impressionado com a ficha deste militar e, vislumbrando uma promissora carreia de generalato, quis que ele adquirisse experiência como oficial de Estado-Maior e Comando. Por isso resolveu enviá-lo para Tunísia. A campanha na África estava quase encerrada; a supremacia aérea adquirida pelos Aliados pouco permitia que as tropas alemãs se locomovessem,