Homosexualismo na Antiguidade Os relatos mais antigos sobre a homossexualidade existente na história de contrução das sociedades ocidentais consta no livro de Gênesis, cap 18 e 19 da Bíblia, onde a cidade de Sodoma foi destruída em decorrência do alto grau de promiscuidade em que vivia a sua população, tendo como característica fundamental o conflito entre Ló e alguns homens que buscavam ter relações sexuais com os anjos enviados por Deus. Mesmo havendo questionamentos sobre a veracidade desses fatos, pode-se perceber que as sociedades hebraicas já convivam com a idéia de homossexualidade. Outra fase da história que possibilita compreender a homossexualidade através do processo histórico foi o apogeu das civilizações gregas onde se encontra a prática pederasta como algo normatizado. Segundo Bremmer (1991) na Grécia antiga ocorria o que se denomina pederastia, que consiste em uma relação entre homens adultos e jovens ou adolescentes, em que o homem mais velho iniciava o homem mais novo na vida sexual. Nessa experiência ele dava armaduras e outros objetos, que os gregos valorizavam, para um homem. Essa iniciação acontecia através de um rapto. Nele, os amigos daquele iniciado auxiliavam o pederasta naquilo que resultaria um ato sexual, com complacências passivas. Na Grécia, os rapazes que não eram raptados e, portanto não possuíam uma iniciação por um pederasta eram considerados pobres coitados, vítimas dessa desgraça - a de não possuir um amante e assim não passar por um ritual de iniciação. A contrapartida mítica desses rapazes é Ganimedes, filho de um rei troiano, raptado por Zeus para tornar-se seu copeiro e seu amado (BREMMER, 1991). Assim, com esse registro observa-se que no contexto da Grécia Antiga era vergonhoso não possuir um amante mais velho do mesmo sexo. No Império romano, segundo Veyne (1995), o comportamento homossexual era reprovado de modo similar à reprovação das cortesãs e das ligações extraconjugais, quando se tratava de homossexualidade