omaguas ou cambebas

407 palavras 2 páginas
Em An invitation to reflexive sociology, Pierre Bourdieu afirmou que toda sociologia é histórica e toda história sociológica (Bourdieu & Wacquant, 1992: 108-120) De outro lado, Norbert Elias propôs um rompimento radical entre as fronteiras nas ciências sociais, sendo injustamente acusado de “não ser verdadeiramente historiador, sociólogo ou antropólogo” (Neiburg & Waizbort, 2007: 10). Na verdade, para Elias, “tratava-se justamente de não reconhecer os limites (e as limitações) do fundamentalismo disciplinar que resulta da divisão do trabalho acadêmico” (Idem: 12). Neste sentido, penso que é possível relacionar a obra destes dois pensadores articulando seus conceitos, como o de habitus, ou figuração (Elias) / campo (Bourdieu), objetivando romper com uma perspectiva dicotômica, capaz de separar indivíduo e sociedade. Emerge, além, uma saída plausível para o rompimento entre objetividade e subjetividade, possibilitando ao sociólogo-historiador novas ferramentas conceituais, que se articulam praticamente ao trabalho empírico a ser empreendido. Neste sentido, teoria e empiria mesclam-se, tanto em Bourdieu quanto em Elias, na medida em que, para ambos, qualquer teoria que não seja passível de articulação com o movimento empírico é sem-valor, entendida como teoria-teórica, cujo fim começa e termina em si mesma. (Bourdieu, 1990: 60-62).
O historiador Jacques Revel, – muito preocupado em relacionar sociologia e história,- problematizou a questão de que Bourdieu pouco se aventurou no campo da pesquisa histórica propriamente dita. (2006: 109) Conquanto, por diversas vezes, Bourdieu afirmou que para se fazer uma sociologia propriamente histórica necessitaria de uma espécie de história que ainda não existia (Bourdieu, 1990: 58- 90) e por raras vezes chegou a elaborar uma pesquisa verdadeiramente histórica. De acordo com Revel, foi com La Noblesse d’État’ que Bourdieu iniciou uma empreitada epistemológica na construção de “sua” história, sendo, no entanto, não muito bem

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