Os seringais na amazônia
Kátia Santos do Nascimento
Resumo: O autor do texto narra com riquezas de detalhes o cotidiano dos seringais, a realidade dura e muitas vezes cruel da vida dos seringueiros na Amazônia e por que a Amazônia deixou de ser a maior exportadora de borracha do mundo. O documentário “A árvore da fortuna” e o filme “A Selva” nos mostra com muita propriedade a vida desses homens que chegaram a Amazônia em busca de riqueza e só encontraram a miséria e a exploração praticadas pelos seringalistas. Esta é uma parte da História do nosso povo que não pode ser esquecida.
Palavras-chave: Seringal, seringueiros, exploração, a derrocada dos ditadores dos seringais.
Segundo Arthur Reis o primeiro conhecimento da existência da borracha não ocorreu na Amazônia. Colombo presenciou a utilização do látex pelos índios do Haiti. Os cronistas espanhóis referiam-se ao método de manejo realizado pelos indígenas mexicanos. Os indígenas confeccionavam: sapatos, capas, remédios para tratamentos das hemorroidas, etc. O uso da hévea na Amazônia foi realizado pelos índios Cambebas ou Omáguas, que eram ocupantes de uma vasta área do Solimões-Marañon. Muitos foram os viajantes provenientes principalmente da Europa que estiveram na Amazônia - La Condamine e Fresnau - com o objetivo de estudar e coletar espécies que pudessem ser lucrativas na economia europeia. Podemos perceber que antes mesmo de surgirem os primeiros seringais na Amazônia, a fama do produto extraído da hevea brasiliensis já corria além do Atlântico. No século XIX o imperialismo econômico e político e a fortificação do sistema capitalista aguçou o interesse estrangeiro por este produto fazendo com que fossem constituídos os seringais na nossa região. A corrida pela produção da borracha trouxe a mão de obra nordestina que estava fugindo da seca no sertão. Estes homens chegaram aqui com a ilusão de se tornarem ricos, mas se depararam com uma imensa floresta