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O povoamento teve início em 1803, por Manuel Jerônimo de Sousa, avô do Barão de Mauá. Em 1812, Manuel de Sousa Gusmão, filho de Manuel Jerônimo, que ali havia se instalado com a esposa, dona Maria Pereira das Neves, doaram um terreno para ser edificada uma igreja. Diz a tradição que esta doação foi feita em troca de um milagre de Nossa Senhora das Graças. Segundo a mesma tradição, antes de ser fundada a povoação, surgiu uma divergência bastante acentuada entre os habitantes com respeito ao lugar exato onde deveriam assentá-la. Uns achavam que deveria ser erguida à margem direita do Arroio Grande na terra que pertencia aos Ferreira e outros à margem esquerda, nas terras doadas pelo casal Manuel de Sousa. Combinaram que a localidade se assentaria no lado do rio onde se fizesse a igreja.
Os moradores da margem direita, da família Ferreira, começaram a construir. Os da margem esquerda, filhos de Manuel de Sousa Gusmão, para obter vitória, seguindo a ideia do filho mais novo, construíram secretamente, um rancho de palha com paredes de pau-a-pique, o qual posteriormente foi colocado sobre rodas e a noite puxado por dois bois. Então, foi conduzido e assentado no lugar em que mais tarde deveria ser construída a Igreja Matriz. Os habitantes da margem direita foram surpreendidos ao amanhecer pelo repicar dos sinos, anunciando que na margem esquerda um padre rezava a primeira missa na Paróquia de Nossa Senhora das Graças de Arroio Grande. A capela de Nossa Senhora das Graças de Arroio Grande foi construída em 14 de dezembro de 1815 e confirmada por Dom João VI a 15 de abril de 1821.
Por Lei nº. 54, de 26 de maio de 1846, foi elevada à categoria de Freguesia e Curato de Nossa Senhora da Graça de Arroio Grande, constituindo a 39ª. Freguesia do Estado. A Lei nº. 596, de 2 de Janeiro de 1867, dividiu o município de Jaguarão em cinco distritos, dos quais o quarto era constituído pela freguesia de Arroio Grande.
Por Lei Provincial nº.