Geronticus eremita – O íbis-eremita é uma ave migratória de plumagem negra com reflexos de cor púrpura e verde-metálico nas partes superiores das asas. Por não possuir penas na parte anterior da cabeça e na garganta, que apresentam pele nua de cor rosada e negra na testa, é também chamado de íbis-calvo. As penas são bastante compridas na nuca e na parte posterior do pescoço. As patas e o bico são vermelhos. O bico é longo, estreito e curvado para baixo. O comprimento do corpo do é de até 80 centímetros e a envergadura das asas atinge até 135 centímetros. A dieta do íbis-eremita é muito diversificada, consistindo principalmente em insetos (gafanhotos e escaravelhos) e pequenos répteis, mas pode ainda ingerir lagartas, ovos de formigas, minhocas, caracóis, aranhas, escorpiões, anfíbios adultos e girinos, peixes, pequenos mamíferos e filhotes de outras aves e ainda alguns vegetais. Constrói o ninho em escarpas rochosas e a fêmea bota de dois a quatro ovos que eclodem depois de, em média, 25 dias. Os filhotes têm a cabeça quase totalmente coberta por uma penugem branca e preta e não apresentam as penas de pescoço. Vive em colônias com até 80 indivíduos. Não apresenta dimorfismo sexual. É uma espécie criticamente ameaçada de extinção. Desapareceu da Europa (também é encontrado no norte da África e Oriente Médio) no século XVII, principalmente em consequência de envenenamentos com inseticida para os gafanhotos, um dos alimentos preferidos do íbis-eremita e também por servirem de alimento para os soldados durante a Guerra dos 30 anos (1618 – 1648). Em 1977, foi iniciado um programa de recuperação desta população, liderado pela WWF (World Wildlife Found), ao qual aderiram várias organizações internacionais. Na Alemanha, no ano de 2007, biólogos reintroduziram o íbis, mas perceberam que os animais criados em cativeiro nunca aprenderam a migrar. A solução foi fazer o íbis seguir os biólogos em voos de ultraleve, até aprenderem a rota. Hoje, vários indivíduos já