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Anne Chemin Enviada especial a Mézidon-Canon, Calvados
(http://www.controversia.com.br/blog/como-e-a-vida-de-uma-familia-que-recebe-o-salario-medio-frances/)
Ela colocou sobre a mesa da cozinha uma grande folha de papel quadriculada repleta de números. “Eu peguei todos os nossos extratos bancários e calculei as despesas que cabem a cada um dos nossos salários. Não foi complicado fazer isso: todas as nossas despesas estão programadas para serem efetuadas mensalmente. A gente não gosta de surpresas desagradáveis”. Bénédicte Badin e seu marido Pascal não podem agir de outra forma: eles recebem todo mês o equivalente àquilo que ganha, em média, a maioria dos casais franceses que têm dois filhos, ou seja, uma renda bruta de um pouco menos de 3.200 euros.
A família Badin situa-se na parte mediana da escala social francesa, num lugar em que o poder aquisitivo deixa de ser um drama, mas continua sendo uma preocupação. Bénédicte Badin, que tem 33 anos, é assistente-contadora, uma função que ela exerce na proporção de 80% do tempo integral, numa associação familiar de Caen. “Isso garante um salário regular, um trabalho livre de preocupações e poder retornar para casa todos os finais de tarde, às 18h”, resume. Ela enumera uma por uma as vantagens que lhe propicia o seu emprego: 16 tíquetes-restaurantes a 7,30 euros cada; um plano de saúde a 20 euros para toda a família; uma cooperativa de empresa que distribui bons presentes no Natal, além de ajuda para as férias no centro de lazer, no verão. “Eu não trabalho às quartas-feiras, tenho um empregador sério e ganho 980 euros por mês. Para um segundo emprego, é perfeito”.
Isso porque Bénédicte Badin considera que o primeiro emprego do casal, o do “bread-winner” (arrimo de família), como dizem os sociólogos, é aquele do seu marido. Pascal, 34 anos, já tem no seu currículo uma extensa trajetória de encanador e especialista em calefação: aos 15 anos, ele deu