Oito
Apesar do cuidado em evitar revoltas populares, o Brasil sofreu um grande desgaste neste período, como a Guerra do Paraguai entre 1864 e 1870. O Paraguai estava crescendo em um ritmo muito acelerado e o ditador Francisco Solano López tentou expandir o território de seu país, ocupando tropas nas fronteiras da Argentina, Uruguai e do Brasil. Para garantir a segurança de suas terras, os três países se uniram para formar a Tríplice Aliança e invadiram o Paraguai para capturar Solano López. A articulada operação dizimou cerca de 80% da população paraguaia e acabou com sua economia industrial.
O próspero negócio do café crescia exponencialmente e novas elites de diferentes interesses foram surgindo. O desgaste com o longo período do Segundo Reinado formou grupos opositores alavancados pelas elites, como os abolicionistas e republicanos. A monarquia foi perdendo seu poder político, principalmente após os desentendimentos com a Igreja Católica e com o grande enfraquecimento do Exército após a Guerra do Paraguai. Seu reinado, no entanto, só inicia de fato um ano depois, no dia 23 de julho de 1840, e se prolonga até 15 de novembro de 1889, quando se implanta a República. Foi um momento em que o país passou por várias mudanças internas: coibição e indulto aos movimentos revoltosos e separatistas; reorganização do cenário político, com a instituição de dois partidos; a instauração do sistema parlamentarista e a reativação do comércio internacional.
O poder do café na economia do país
O café detinha ótimas condições de plantio. O Sudeste contava com solo e clima favoráveis - Minas Gerais, após a decadência da mineração, passou a investir na plantação do café, no Rio de Janeiro ele se espalhou até Campos e ao sul do Estado chegou a Vassouras, situada no Vale do Paraíba, quando a produção voltou-se para o comércio exportador.