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FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA

INSTITUTO DE SEMIÓTICA CLÍNICA
DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À CLÍNICA
— Laboratório de Aprendizagem Clínica —

PROTOCOLOS SEMIOLÓGICOS

PROTOCOLO DE AUSCULTAÇÃO CARDÍACA

1)

O Médico deve sempre cumprimentar, apresentar-se e explicar ao

doente aquilo que vai executar.

2)

Embora cada um deva adoptar uma rotina no que respeita à auscultação

cardíaca, é importante estar preparado para alterá-la caso as circunstâncias clínicas assim o exijam.

3)

Não se esqueça que o seu estetoscópio pode estar frio e a aplicação

directa sobre a pele é incómoda. Tal é particularmente notório na observação de crianças. Assim, deverá testá-lo no dorso da sua mão e friccioná-lo na bata caso seja necessário

4)

Indique ao doente para se sentar e inclinar o tronco ligeiramente para a

frente (ajudando-o em caso de necessidade: idosos e indivíduos debilitados).
Tenha atenção para que o doente não fique nem muito alto nem muito baixo em relação a si. Coloque-se de frente e à direita do doente.

O tronco do doente deverá estar despido pelo que a auscultação cardíaca deverá ser realizada num local que garanta a privacidade do doente, em particular das mulheres.

A auscultação cardíaca, pela necessidade de concentração que requer, deverá ser levada a cabo num local silencioso e, durante o procedimento, deve solicitar ao doente para que se mantenha em silêncio e imóvel.

Durante todo o procedimento deverá segurar correctamente no estetoscópio, tendo o cuidado de não interferir com a parte voltada para cima

2

(isto é, a campânula ou o diafragma). Uma das formas possíveis de atingir este objectivo é colocá-lo entre o 2.º e 3.º dedos ou entre o 1.º e 2.º dedos.

Enquanto ausculta com a mão direita, palpe a carótida com a sua mão esquerda e olhe atentamente para as veias cervicais.

Quando o diafragma estiver voltado para baixo terá que exercer mais pressão do que quando é a campânula que está voltada

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