Oi mãe
José Flávio Sombra Saraiva
No texto o autor fala da preocupação em estabelecer um balanço entre o passado recente (século XIX), que ele cita nos primeiros capítulos até o século que se inicia. Qual o peso que a história dará nos próximos duzentos anos aos momentos atuais? Qual a relevância da globalização e até onde ela mudaria o exercício hegemônico dos grandes Estados ou mudaria apenas em parte as hegemonias estabelecidas historicamente e tratadas ao decorrer do livro. Questiona também se a globalização seria um marco para uma nova periodização das RIC.
Não existe como pensar em passado só como “passado” porque na maioria das vezes o processo se perpetua ao longo do século e tudo que está acontecendo hoje é conseqüência do que aconteceu antes, é uma ligação. Fala que a periodização é arbitrar e cortar processos complexos, mas é um “mal necessário” que funciona para organizar tempos múltiplos e processos que se superpõem no tempo.
No caso das Relações Internacionais, não há uma maneira unânime entre os autores para periodizar os últimos dois séculos.
Alguns, como os seguidores de Adam Watson, tomam como marco de uma nova construção de um ordenamento global a ordem de Viena já q acreditam que a anterior, a ordem westfaliana, não teve uma projeção externa ao continente europeu relevante. A partir daí surge uma nova forma de periodização, conferindo aos temas referentes ao hemisfério sul uma relevância maior que as registradas nas historiografias européias e norte-americanas das Relações Internacionais. Ele diz que uma das limitações das obras européias recentes é a pouca percepção do conjunto das Relações Internacionais entre os dois hemisférios. Daí a insistência do livro, e especialmente de Amado Luiz Cervo, em falar sobre as reações de países das Américas, da África e da Ásia em relação à projeção européia do século