pedagogia
A CENTRALIDADE DA CULTURA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
As imagens, os sons, os alimentos, nas suas versões «shopping center», vídeo, «MTV, Big Mac», entre outros artefatos culturais, são exemplos da cultura transformada em mercadorias que vão moldando nossas maneiras de ser e de viver.
Elas vão conformando nosso gosto, nossos sentidos, nossos desejos, nossos relacionamentos, nossos eus privado e público, enfim, vão modelando nossas subjetividades e fabricando as identidades destes tempos. A pesquisadora Shirley Steinberg (1997) defende que este processo tem dupla mão, pois ao mesmo tempo em que a cultura faz as pessoas, a própria cultura é produto de significados produzidos por pessoas e grupos nela inscritos.
Nessa dinâmica, haveria um movimento interativo na cultura, em que estão em jogo poder e consciência, no qual os seres humanos seriam produzidos historicamente por mecanismos de poder. Não só os «shoppings centers», mas também as imagens da televisão, as fotografias, os vídeos e filmes, os jogos eletrônicos, as revistas, os «outdoors», etc., são textos que, junto com as teorias científicas, as narrativas filosóficas e os dogmas religiosos vão nos subordinando, governando nossa vontade, fabricando nossas identidades e nos aprisionando em significados e representações.
Somos, contemporaneamente, intensamente produzidos e marcados pela cultura.
Boa parte, por exemplo, das imagens da juventude contemporânea, tem sido produzida por artefatos da mídia como jornais, vídeos da MTV, «reality» shows e noticiários, que têm se ocupado em expor, enfaticamente, as identidades juvenis como superficiais e violentas, sexualidades e corpos fora do controle.
A representação que vale, que é socialmente aceita, é aquela que é fabricada, inventada, pelos grupos que detêm mais poder, material ou simbólico.
Sendo viventes destes tempos, as crianças e adolescentes não estão imunes e não estão isentos dos