Odontologia
Luciano Bonatelli Bispo
Facetas estéticas são restaurações parciais que visam recobrir as superfícies vestíbulo-proximais; e, eventualmente, incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores; quando 2/3 ou mais da estrutura está comprometida, procurando corrigir discrepâncias de cor, forma, textura, função e posicionamento dos elementos na arcada dentária. Podem ser divididas quanto à confecção em: diretas (RC), semi-diretas (RC) ou indiretas (RC/porcelana).
Histórico
CHARLES HENRY LAND, em 1903, foi o primeiro na literatura mundial a propor o uso de facetas estéticas. Os filmes de Hollywood tiveram influência na mudança cosmética dos artistas com o intuito de caracterização dos traços físicos associados ao personagem interpretado, como os vampiros nas películas de terror, isso na década de 30. Em 1937, CHARLES LELAND PINCUS descreveu uma técnica de aposição de coberturas vestibulares aderidas com pó adesivo de dentaduras. Tais facetas eram constituídas de porcelana atmosférica fixada nos dentes das personalidades hollywoodianas na Califórnia.
Em 1975, FAUNCE & FAUNCE propuseram o uso de facetas de resina acrílica aderidas na face vestibular de dentes refratários ao tratamento clareador prévio, como uma alternativa bem mais conservadora quanto ao desgaste promovido por uma prótese unitária do tipo metalocerâmica. ROCHETTE, em 1975, condicionou a porcelana com ácido visando retê-la a resina composta. Um ano mais tarde, FAUNCE & MYERS usaram dentes de “stock” desgastados até uma espessura de 0,6 mm, em média, como cobertura vestibular, o que gerou, em 1979, a produção comercial das facetas laminadas de metacrilato de metila. Em 1978 COOLEY já tinha defendido a idéia do recobrimento da superfície vestibular com material estético de inserção direta. Em 1979, FUSAYAMA et al., preconizaram o “all etch” (ataque total) em esmalte e dentina.
Indicações
Dentre as indicações da confecção das facetas de resina