Odontologia
Nos casos em que é necessário realizar a identificação de corpos que se encontram queimados, decompostos, esqueletizados, mutilados ou fragmentados por qualquer outra razão, é extremamente comum a dentição estar intacta e ser a única fonte de informação para esta investigação.
De acordo com Galvão (1996), em situações de identificação cadavérica, quando se dispõe da ficha odontológica do desaparecido, é perfeitamente possível sua identificação pela comparação do odontograma do cadáver com o fornecido pelo Dentista da pessoa desaparecida. A Odontologia Legal emergiu da casualidade e tornou-se evidente após alguns acidentes, que apontaram para a necessidade de técnicas de identificação das vítimas. Uma das alternativas utilizadas foi o reconhecimento dos corpos através dos dentes.
O primeiro caso relatado pela literatura ocorreu em 04 de maio de 1897 em Paris, mais precisamente no Bazar da Caridade, local onde a burguesia estava reunida em torno de leilões beneméritos. Houve quase 200 mortos, dos quais 40 restaram sem identificação, dentre eles a Duqueza de D’Aleman e a Condessa Villeneuve. Por sugestão do cônsul do Paraguai Dr. Albert Hans, os Dentistas daquelas personalidades foram chamados para identificar, através dos restos carbonizados, seus supostos pacientes, o que tornou possível a identificação das citadas pessoas dentre outras que também