Ocupação urbana e renda em salvador
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: ESTUDOS SOCIAIS E AMBIENTAIS
OCUPAÇÃO URBANA X RENDA
EM SALVADOR
Salvador/BA
Junho de 2013
Introdução
Este trabalho tem o objetivo de relacionar o processo de ocupação urbana em Salvador, tais como os seus diferentes modos de ocupação e os impactos causados, com a renda de seus habitantes.
Desse modo, para o encaminhamento e contextualização do tema, o trabalho é divido em três partes: tem-se o processo histórico de ocupação em Salvador; a ocupação na atualidade, com grande foco para a segregação espacial; e o Miolo de Salvador, área que merece destaque.
1. Processo histórico da ocupação urbana
Para a melhor contextualização do tema em sua linha cronológica e melhor compreensão quanto aos acontecimentos históricos, será feito um breve resumo da situação da ocupação urbana de Salvador desde a sua fundação.
A cidade de Salvador foi implantada em uma área cumeada, hoje conhecida como Cidade Alta, devido a falha geológica que deu as condições ideais para a proteção da então fundada cidade. A cidade era murada e descia pelas meias encostas próximas até atingir a planície e península de Itapagipe. Seguia um projeto geométrico e adaptado a topografia local.
A partir do século XVI, por conta de um processo bem rápido de ampliação extramuros, surgem os engenhos, uma vez que o regime escravocrata dominava as atividades econômicas da capital do Brasil. Por conta desse regime, o modelo de habitação era marcado pela segregação dentro do lar, ou seja, a casa era segregada de acordo com as funções dos cômodos e unidades e quem os habitava, os escravos e os senhores.
No século XVII, a cidade passou a ser um forte núcleo de negócios que quase dobrou a sua população, ocupando os arredores imediatos da cidade murada. Até o século XIX as atividades econômicas