Ocorrência de lesões perioperatórias por posicionamento cirúrgico
Dra. Maria Helena BarbosaI, Ártemis Maria Braz OlivaII, Adriana Lemos de Sousa NetoIII
I Doutora em Enfermagem na Saúde do Adulto. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Orientadora. Minas Gerais, Brasil.
II Graduanda do VIII período do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Uberaba. Minas Gerais, Brasil.
III Mestranda do Programa de Pós-graduação Strictu Senso, Mestrado em Atenção à Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Especialista em Administração Hospitalar. Enfermeira do Hemocentro Regional de Uberlândia. Minas Gerais, Brasil.
INTRODUÇÃO
O posicionamento do paciente para uma intervenção cirúrgica é uma arte, uma ciência capaz de garantir eficiência e segurança ao procedimento cirúrgico. A posição do paciente permite a exposição, o bom acesso ao local operatório, mantém o alinhamento corporal, minimiza a tensão ou pressão sobre os tecidos e ainda preserva as funções circulatórias e respiratórias. É de responsabilidade de toda a equipe cirúrgica o dever de proteger o paciente de qualquer efeito danoso decorrente da posição cirúrgica.1
Segundo a North American NursingDiagnosisAssociation (NANDA), o diagnóstico de enfermagem risco de lesão perioperatória por posicionamento é definido como «risco de lesão resultante das condições ambientais encontradas em cenário perioperatório, apresentando como fatores de risco desorientação, edema, emaciação, imobilização, fraqueza muscular, obesidade, distúrbios sensoriais/perceptivos devidos à anestesia».2
Não raro os pacientes cirúrgicos passam um longo tempo sobre a mesa operatória submetidos aos efeitos de analgésicos, relaxantes musculares, que embora sejam imprescindíveis para a realização da cirurgia, trazem ao paciente uma condição de fragilidade e dependência física. Frente a essa condição de permanência prolongada na mesma posição existe o risco potencial para agravos à condição