Ocidente x Oriente - te – Conclusão: Os Rivais – Niall Ferguson
Os historiadores, recorda Ferguson, sempre estudam o passado com os olhos voltados para o presente. O autor se previne dessa maneira contra os inevitáveis ataques e justifica sutilmente o que o levou a retomar, sem agregar nada de original, uma questão que já foi exaustivamente explorada por uma legião de autores: as causas do domínio ocidental sobre o resto do mundo.
Thomas Cole em uma série de pinturas retrata o “ciclo de uma civilização” que varia desde seu nascimento e posterior crescimento até sua morte, não diferindo efetivamente do ciclo natural de todos nós seres vivos, até por que não, de tudo quanto for inanimado, seja a terra, seja o mar ou o ar, pois até onde conhecemos todo começo tem um fim, ou como diria certo pensador que “nada se destrói, tudo se transforma”. Vulgarmente conhecemos tal tese melhor aplicada às ciências naturais, visto que parece mais comodamente consentida aos fenômenos químicos e físicos, a exemplo de nossa morte na qual não desaparecemos, mas de certa forma continuamos existindo, partindo dos diversos processos físicos e químicos que o nosso corpo sofre até passarmos despercebido ao olho nu sob a forma de ínfimas partículas que passam a compor novamente a natureza, trata-se de um ciclo natural.
Mas deixamos de lado as ciências naturais e aplicamo-nos às ciências humanas, ou melhor, das sociedades, de seu processo histórico, enfim, o ciclo das sociedades da qual alguns afirmam, da qual outros rejeitam.
Cole, ao conceber sua arte, deixava explicito que “todas as civilizações, não importa quão magníficas sejam, estão condenadas a decair e ruir”. Políbio em suas Histórias descreve o processo de anaciclose política de Roma, partindo do período de monarquia e chegando aos tempos de oclocracia, mas reconhecemos que um dos períodos, ou o mais fascinante de todos fora o imperial, conciliado para ele à tirania, como o era de fato. Roma ergueu um dos maiores e mais