obstetricia
Segundo PROENF (2011), durante a gestação, o útero é mantido em um estado de repouso, por meio da ação conjunta de um ou mais inibidores de uma série que inclui a progesterona, a prostaciclina, a relaxina, o ácido nítrico, entre outros. Uma série complexa de eventos deve acontecer em um papel inverso ao que acontecia durante a gestação para que o parto ocorra.
O trabalho de parto é definido como o período em que as contrações uterinas regulares são associadas ao apagamento e dilatação do colo uterino (PROENF., 2011).
Hoje, admite-se que o aparecimento das contrações uterinas coordenadas, o esvaecimento e a dilatação cervical que ocorrem no trabalho de parto sejam consequentes a eventos fisiológicos em que participam processos bioquímicos maternos, placentários e fetais, segundo NEME (2005).
Embora o início preciso do trabalho de parto não possa ser determinado, bem como quais são os processos que determinam esse início, algumas teorias foram propostas para explicá-lo (PROENF., 2011).
Assim, o trabalho de parto é evento fisiológico multifatorial, tendo seu início desencadeado por fatores maternos e/ou fetais, que podem ser inter-relacionados, conforme descrito a seguir:
FATORES ENVOLVIDOS NA CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO DA CÉLULA MIOMETRIAL
Destacam-se os seguintes:
1. Atividade elétrica da célula miometrial: O relaxamento e a contração da célula miometrial depende de sua atividade elétrica. As contrações de íons (Na+, K+, Ca+ e Cl-) dentro e fora da célula levam a diferença de potencial na membrana celular. Quando a célula está em repouso, observa-se potencial nagativo de até 10 milivolts e liberdade de movimento de K+ em ambos os sentidos, enquanto Na+ fica no exterior da membrana. Quando a permeabilidade da membrana celular se modifica, existe maior intercâmbio de íons por meio da despolarização dessa membrana, principalmente com a saída de K+ e a entrada do Na+, modificando também as cargas elétricas ( alcançando até mais