Observação Infantil
Este trabalho tem como objetivo tentar elucidar a proposta de observação dos fenômenos do desenvolvimento na primeira infância, articulando a teoria e a prática através da técnica de observação, visando compreender melhor o que é esperado a cada faixa etária e as dificuldades envolvidas neste método.
I – Aspectos Teóricos: Desenvolvimento Motor e Cognitivo
1.1 Desenvolvimento Motor
O desenvolvimento motor envolve o sistema nervoso central, músculos e ossos e evolui com o crescimento do bebê e com sua interação com o ambiente. É marcado por sistemáticas realizações. Os bebês aprendem habilidades simples e depois as combinam em sistemas de ação.
De acordo com os testes de avaliação do Desenvolvimento de Denver, é esperado que o bebê com dez meses seja capaz de rolar, pegar um chocalho, sentar-se e ficar em pé apoiando-se em algo. Noventa por cento dos bebês com dez meses de idade possuem a habilidade de “pinça”, isto é, usar o indicador e o polegar para pegar objetos. Este movimento é esperado entre os sete e onze meses de vida. Nestes movimentos podemos observar o desenvolvimento das habilidades motoras gerais (que envolvem os músculos maiores) e as habilidades motoras finas (que envolvem os músculos menores).
1.1.1 Inter-relação - Desenvolvimento Cognitivo e Psicossocial
Entre os seis e os dez meses, a maioria dos bebês consegue se locomover arrastando-se ou engatinhando-se. Essa habilidade permite um grande avanço cognitivo e psicossocial, pois ajudará o bebê a ter noções de distância e profundidade permitindo acessar novos objetos e locais. A partir daí o bebê aprende a olhar para seus cuidadores como referência social, aderindo novas instruções e advertências frente a uma situação segura ou perigosa.
As novas experiências motoras, como a autolocomoção, permite que o bebê explore o ambiente e desenvolva a percepção sensorial e tátil, quando no manuseio de objetos das mais variadas texturas e tamanhos que trazem para si novas