Observação de Ectomicorrizas e Endomicorrizas em Aula Prática
Instituto de Ciências Biológicas
1º Semestre 2013
Isolamento e caracterização de fungo ectomicorrízico e observação de esporos e raízes colonizadas por micorriza arbuscular.
Breno José Carvalho Santos
Relatório de aula prática da disciplina
Microbiologia Ambiental.
UFMG
Belo Horizonte
1. INTRODUÇÃO
A grande diversidade de microrganismos, seja no aspecto morfológico ou metabólico, é o resultado de milhares de anos de evolução, cujas evidências podem ser observadas na capacidade adaptativa destes organismos às mais diversas (ou adversas) condições. Neste contexto destacamos os fungos, um grupo filogeneticamente distinto que possui aproximadamente 100.000 espécies descritas de um total estimado em até um milhão e quinhentas mil espécies (MADIGAN, 2010). Alguns fungos estabeleceram relações mutualísticas com as plantas vasculares, de modo que podem ser considerados um importante fator de sobrevivência e crescimento para ambos os simbiontes, constituindo-se um processo de coevolução adaptativa com modificações morfofisiológica para as plantas (SMITH e READ, 1997). Esta associação simbiótica de fungos e raízes é chamada de micorriza, sendo responsável por promover um aumento na área de absorção radicular. Além disso, como os fungos secretam enzimas e ácidos, facilitam a extração de nutrientes do solo como potássio, nitrogênio e fósforo. A absorção de zinco, cobre e manganês, três outros elementos essenciais para a planta, também já foi demonstrada (RAVEN, 1996).
Dentre os tipos de micorrizas, dois grupos são mais comuns: as ectomicorrizas e as endomicorrizas, sendo estas mais prevalentes que aquelas, ocorrendo em cerca de 80% das plantas vasculares. Tais grupos podem surgir em sucessão, como demonstrado em estudo realizado com cinco espécies de eucalipto, que inicialmente eram colonizadas por fungos micorrízicos arbusculares (endomicorrízicos) e posteriormente por