não tenho nada pra mandar aqui
19 de março de 2013
Por Angela Gordilho
(trecho da palestra da arquiteta e urbanista Angela Gordilho, Doutora pela FAU-USP, coordenadora do Lab-HABITAR do PPG/AU da FAUFBa, promovida pelo CAU/BA em comemoração ao Dia do Arquiteto – 15/12/2012)
O objetivo dessa mesa é tratar do arquiteto como agente de transformação em função social e profissional com suas particularidades, nossa principal função, que é atuação diante do ambiente construído, seja na sua melhoria ou do ambiente a se construir, e buscar soluções comuns e que possam trazer sempre a qualificação desse bem. Então, esse convite à reflexão que eu vou fazer com vocês aponta evidentemente no contexto atual para a necessidade de discussão de novas políticas, de novas condutas de atuação que considere não só os seguimentos diferenciados da cidade, mas a cidade como um todo.
E para esse debate, a gente vai trazer aqui alguns elementos. Antes, eu gostaria de fazer uma pergunta a todos aqui presentes. Acho que a maioria é arquiteto, mas mesmo os que não são podem responder. Quem aqui visitou o subúrbio de Salvador no último mês? Por favor, levante a mão! Dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito… No último ano, quem visitou o subúrbio? Aí já tem mais um pouquinho.
Por que é que eu estou fazendo essa pergunta? Essa semana nós percorremos mais uma vez o subúrbio em função dos nossos trabalhos e das nossas cooperações com professores de estados e de outros países. O que a gente percebe é, cada vez mais, uma distensão, uma fragmentação da cidade que ultrapassa essa intensa segregação e exclusão social da cidade.
Então, eu acho que o papel social da arquitetura começa por aí. A gente começa a enxergar que cidade é essa, qual é o contexto que nós estamos vivendo, para entendermos esse nosso papel. Visitando essa área, várias coisas me surgiram e eu não poderia deixar nesse momento de dividir com vocês. Não apenas o abandono da gestão pública, dessa própria