Nutrição e ave
Belo Horizonte
Abril/2012
Artigo de Revisão
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Introdução A partir da segunda metade do século XX, verifica-se que o perfil epidemiológico em relação as causas de morbimortalidade no Brasil é caracterizado por um declínio nos óbitos por doenças infecciosas e parasitárias e aumento das doenças crônico-degenerativas, principalmente as afecções cardiovasculares. (Cesse, 2007 apud Bayer, 1984). Dentre as doenças crônico-degenerativas, dados divulgadas pela American Heart Association (2011) mostram que comparados a outras doenças cerebrovasculares, o Acidente Vascular Encefálico (AVE) corresponde à terceira causa mais comum de morte, sendo superado apenas por doenças cardíacas e cânceres. (Roger, 2011; Perlini, 2005) No Brasil, as estatísticas indicam que o AVE é a causa mais frequente de óbito na população adulta e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas. (Brasil, 2011). Além da alta taxa de mortalidade, muitos pacientes com AVE ficam incapacitados, necessitando de ajuda para as atividades de vida diárias, sendo de grande importância a ajuda de familiares, do sistema de saúde e outras instituições sociais (OMS, 2005). São citadas como complicações do AVE aspiração pulmonar e pneumonia, hemiparesia, depressão e disfagia (Itaquy et al, 2001). Além disso, são comuns depressão, incapacidade motora, limitações de audição e visão, distúrbios de comunicação, limitando retorno ao trabalho produtivo e perda da autonomia decorrentes das incapacidades (Falcão et al, 2004) Em relação às necessidades energéticas dos pacientes com AVE, atenta-se ao fato de que os requerimentos energéticos podem estar aumentados devido a complicações associadas, como febre, septicemia e hiperventilação. Estudos demonstram que os casos de desnutrição nesses pacientes aumentam consideravelmente após a