NR-10 SEP
Organização do Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
Introdução
A importância em definir como é organizado um sistema elétrico de potência (SEP), abreviatura que deste ponto em diante procuraremos utilizar, é de fundamental importância para que se tenha a exata compreensão do tema. Neste capítulo será abordada de maneira ampla em que consiste a organização do SEP e, para tanto, antes de qualquer outra abordagem cabe apresentar a definição clássica do SEP que na verdade é o conjunto de equipamentos e instalações destinadas à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, até a medição, inclusive (definição firmada pela NBR 5460:1981).
A Disciplina Eletricidade divide-se em duas formas clássicas: a eletrostática (parte da eletricidade que estuda as cargas elétricas em repouso, ou que não registram qualquer movimento, fluidez ou escoamento) e a eletrodinâmica (parte da eletricidade que estuda as cargas elétricas em movimento, em fluidez ou escoamento). Na natureza, entretanto, somente encontramos a eletrostática, que surge, a rigor, a partir de descargas atmosféricas, promovidas a partir de diferenças de potencial entre duas massas de potenciais diferentes, que nesse caso será entre nuvens ou entre nuvens e o solo. A eletrodinâmica só pode existir em nível artificial, ou seja, não existe gerada por fenômenos naturais, apenas pela intervenção do homem. No caso do SEP tão somente a eletrodinâmica será passiva de análise.
A eletrodinâmica é o tipo de eletricidade produzida para fins comerciais. Empresas que possuem a concessão estatal para produção, transmissão e distribuição de energia elétrica (conhecidas como ‘concessionárias’ de energia elétrica), podem ser de iniciativa privada ou de propriedade do Estado. Atualmente, no Brasil, as empresas concessionárias de energia elétrica têm a maior parte do seu capital controlado pela iniciativa privada, ficando uma