Novo acordo de Ortografia (resumo) "Conceito"
Segundo o Ministério da Educação brasileiro, o objetivo do acordo é “unificar a ortografia da língua portuguesa”. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) afirma que a dupla grafia limita a dinâmica do idioma e dificulta a difusão cultural, a divulgação de informações e as relações comerciais entre os países de língua portuguesa.
No plano internacional, a falta de unidade na grafia limitaria a capacidade de afirmação do idioma, já que torna necessárias traduções diferentes para o Brasil e para Portugal, e dificultaria o estabelecimento do português como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).
Que países fazem parte do acordo?
Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo, mas apenas o Brasil criou um cronograma de implementação das novas regras. Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Timor Leste - os outros países que têm o português como língua oficial - ainda não aprovaram o documento.
Como a reforma pode entrar em vigor se não foi ratificada por todos os países de língua portuguesa?
O Acordo Ortográfico original, aprovado em Lisboa, no dia 12 de Outubro de 1990, previa que as mudanças entrariam em vigor no dia 1º de Janeiro de 1994, quando todos os países envolvidos já deveriam ter ratificado a reforma. Como até a data limite apenas Brasil, Portugal e Cabo Verde haviam ratificado as mudanças, a reforma não entrou em vigor. O acordo passou então por protocolos modificativos. O primeiro, de 1998, retirou o prazo para ratificação, mas manteve a necessidade de aprovação por todos os países de língua portuguesa. O segundo, assinado em 2004, previa que a reforma entraria em vigor com a ratificação por apenas três dos Estados signatários. Foram eles Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, fazendo com que a reforma fosse oficializada no dia 1º de Janeiro de 2007.
Mas a aprovação do acordo em Portugal era considerada fundamental para que se