NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE
Eliane do Rocio Alberti Comparin
Universidade Federal do Paraná
Este texto teve como ponto de partida alguns estudos desenvolvidos por Gárcia-Vera (2000), Moura (2002), Bonilla (2002), Santos e Radtke (2005) e outros, sobre a formação de professores e as tecnologias de informação e comunicação na educação TICs.
Temos verificado nesses últimos anos intensos estudos e discussões que envolvem a formação de professores e o uso das tecnologias de informação e comunicação, especialmente após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação N.º 9394/96. Esta centralidade está intimamente ligada às transformações ocorridas na sociedade, praticamente em todas as suas instâncias, em especial na educação. Diferentes formas de ensinar e aprender vem sendo propostas a partir da formação de um novo perfil de cidadão, em função das novas tecnologias de informação e comunicação.
No que se refere a formação de professores para o uso das TICs, convém preliminarmente destacar que, decorridos quatorze anos da aprovação da lei, o que há são propostas segmentadas, que expressam contradições quanto aos objetivos instituídos pelos movimentos que defendem uma formação com qualidade para os profissionais da educação.
Com base nessas preocupações é que se coloca como exigência cada vez mais presente no campo de formação de professores e no uso das tecnologias de informação e comunicação na educação, o desafio de repensar as propostas atuais, ou seja, aligeiradas, esvaziadas de conteúdo e com caráter técnico instrumental.
Para compreendermos o uso das tecnologias de informação e comunicação na educação é preciso num primeiro momento pensarmos sobre a formação de professores, tendo em vista três dimensões apontadas por Garcia-Vera: a Dimensão Política, Econômica e Cultural, bem como partir de uma concepção de tecnologia e de educação, uma vez que os conteúdos a serem trabalhados e o cidadão que se pretende