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A anistia só seria colocada em prática, contudo, quando os invasores de quatro prédios governamentais se retirassem. Algo que não parecia atravessar as mentes dos entrevistados pelas tevês europeias. “Só vamos deixar esta praça quando o presidente se demitir”, disse um indivíduo à BBC. A capital era cenário de uma guerra. Dentro dos prédios tomados pelos manifestantes havia remédios para os feridos e pessoas com máscaras e tacos de madeira ou barras de ferro. Com temperaturas abaixo de zero, vários dos manifestantes ocupavam tendas e outros prédios. Elena Lukash, ministra da Justiça, ameaçava pedir ao Conselho de Segurança Nacional a decretação do estado de emergência se a situação perdurasse.
Os protestos tiveram início em novembro, quando o presidente Yanukovych resolveu não assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia. O motivo? A Rússia lhe oferecia preços menos elevados de gás, ao contrário do FMI, e mais empréstimos no valor de 15 bilhões de dólares. No entanto, como diz o jornalista e analista político ucraniano Oleg Varfolomeyev (leia entrevista à página 66), “a Rússia era contra o acordo com a União