NOTA DE LEITURA

ARENDT, Hannah. A condição Humana.Rio de Janeiro: Forense, 1989. p.15 – 30.
Cristiellem Rocha Rufino1
NOTA DE LEITURA

A expressão “Vita Activa” quer se referir a três atividades na tentativa de descrever o homem. O discurso da Hannah é voltado a questões de atividades fundamentais do ser humano. A primeira atividade fundamental é o labor, onde o homem não tem alternativa, se trata do nosso metabolismo, atividade do existir que foge de uma escolha. Não há existência humana sem o corpo. Essas coisas simplesmente se dão a condição biológica. O labor faz todos sermos iguais quanto espécie, imperativo da natureza.
A segunda atividade é o trabalho, que é uma consequência do labor, não existe trabalho sem labor. O trabalho tira a futilidade de uma vida mortal. Aquilo que o corpo cria é trabalho, a produção humana para manter o labor. Ao trabalhar criamos o mundo humano, construindo assim um mundo próprio do homem.
A ação, que é a terceira atividade fundamental faz com que cada um seja diferente. Cada um está diante do outro de maneira diferente. Ao mesmo tempo em que somos singulares somos plurais. Cada nascimento é um novo começo, uma nova possibilidade de ação.
A primeira noção é o que fazer enquanto vida: procurar a imortalidade. Imortalidade: permanecer no tempo. Eterno: fora do tempo. A natureza é cíclica, imortal. Só o homem é mortal. Estamos em continuo processo.
A expressão “Vita Activa” no texto aparece em conotações diferentes, é preciso reconhecer que esse termo não é meramente criação da autora, mas ele sempre esteve presente na vida humana.