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J. I. Packer
O que vem a ser santidade? Precisamos de uma definição completa, e minha próxima tarefa é desenvolver uma.
Em primeiro lugar, consideremos a palavra em si. Santidade é um substantivo que pertence ao adjetivo santo e ao verbo santificar, que basicamente significa tornar santo. Santo, tanto no hebraico, como no grego, significa separado, consagrado e recriado para Deus. Quando aplicada às pessoas, como os “santos de Deus” ou “santos”, a palavra implica em devoção e assimilação: devoção, no sentido de viver uma vida de serviço para Deus; assimilação, no sentido de imitar, conformar-se a e tornar-se como o Deus a quem se serve. Como cristãos, a implicação é que precisamos assumir a lei moral de Deus como a nossa regra e o Filho encarnado de Deus como o nosso modelo. É aqui que a nossa análise de santidade deve começar.
Em seu grande livro Santidade, (lançado em 1879, e ainda largamente vendido), o bispo anglicano, John Charles Ryle, desenvolve, em termos simples e bíblicos, uma lista clássica de 12 pontos na qual esboça um quadro de uma pessoa santa. Sua descrição diz o seguinte:
1. Santidade é o hábito de ser de uma só mente com Deus, de acordo com o que as Escrituras descrevem como sendo a mente dele. É o hábito de concordar com seu julgamento, odiando o que ele odeia, amando o que ele ama e comparando tudo neste mundo com o padrão de sua Palavra.
2. Um homem santo se esforçará para evitar cada pecado conhecido, e guardar cada mandamento revelado. A inclinação de sua mente será decisivamente direcionada para Deus. O desejo do seu coração será o de fazer a vontade do Pai. Ele temerá muito mais a desaprovação divina do que a do mundo e terá o mesmo sentimento que Paulo teve quando disse: “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7,22).
3. Um homem santo se esforçará por ser como o Senhor Jesus Cristo. Ele não somente viverá uma vida de fé