Nos Cumes do Desespero - Emil Cioran
32893 palavras
132 páginas
Nos Cumes do DesesperoEmil Cioran
Prefácio
Ser lírico
Como tudo é longe!
Não poder mais viver
A paixão do absurdo
Medida do sofrimento
A irrupção do espírito
Eu e o mundo
Esgotamento e agonia
O grotesco e o desespero
O pressentimento da loucura
Sobre a morte
A melancolia
Nada tem importância
Êxtase
Um mundo em que nada é resoluto
Contradições e inconsequências
Sobre a tristeza
A insatisfação total
O banho de fogo
A desintegração
Sobre a realidade do corpo
Solidão individual e solidão cósmica
Apocalipse
O monopólio do sofrimento
O sentido do suicídio
O lirismo absoluto
A essência da graça
Vaidade da compaixão
Eternidade e moral
Instante e eternidade
História e eternidade
Não mais ser homem
Sensibilidade mágica
A alegria inconcebível
Ambiguidade do sofrimento
Pó, eis tudo
O entusiasmo como forma de amor
Luz e trevas
A renúncia
Os benefícios da insônia
Transubstanciação do amor
O homem, animal insone
O absoluto no instante
A verdade, que palavra!
A beleza das chamas
Pobreza da sabedoria
O retorno ao caos
Ironia e auto-ironia
A deserção do Cristo
O culto ao infinito
Transfiguração da banalidade
Gravidade da tristeza
A degradação pelo trabalho
O sentido do derradeiro
O princípio satânico do sofrimento
O animal indireto
A verdade impossível
Subjetivismo
Homo...
O amor em resumo
O que importa!
As fontes do mal
Prestidigitações da beleza
Prefácio
Escrevi este livro em 1933, à idade de 22 anos, em um cidade que muito amava, Sibiu, na
Transilvânia. Havia terminado meus estudos e, para enganar meus pais, mas sobretudo para enganar a mim mesmo, fingi trabalhar numa tese. Devo confessar que o jargão filosófico agradava minha vaidade e me fazia desprezar quem quer que se comunicasse de outra forma. A tudo isto uma reviravolta interior veio colocar fim, arruinando imediatamente todos os meus projetos.
O fenômeno capital, o desastre por excelência é a véspera ininterrupta, este nada sem fim. Durante