Normas de trabalho
O ESPAÇO FRONTEIRIÇO PLATINO, O FEDERALISMO E A REVOLUÇÃO FARROUPILHA (1835-1845)
Profa. Dra. Maria Medianeira Padoin1
No Brasil, são poucos os estados que possuem uma produção historiográfica voltada para a sua história regional enquanto história estadual. Também, muito do que é conhecido como história do Brasil são produções regionais que autodenominam-se nacionais. Desta forma, a discussão e a reflexão sobre o regional e o nacional ainda é muito pertinente no contexto da produção historiográfica brasileira. È nesta perspectiva que pretende-se trabalhar com o regional através de uma temática que pertencia tradicionalmente à historiografia produzida sobre a América Platina e sobre a história do Rio Grande do Sul, isto é, o
federalismo, o espaço fronteiriço e a Revolução Farroupilha (1835-1845).
A maior parte da produção histórica sobre a Revolução Farroupilha, consciente ou inconscientemente, traduz uma concepção de caracter nacionalista, porque caracteriza-se por salientar a diferença e a diversidade em relação a história desenvolvida nos países da América Espanhola e assim, da região Platina. O atual estado do Rio Grande do Sul , que primeiramente eram terras pertencentes à Espanha e depois conquistadas por Portugal, foi um espaço marcado pelas disputas em torno dos benefícios que a região possuía, devido a sua proximidade à importante Bacia Platina – que foi porta de entrada e saída para o comercio do ViceReino do Prata como também possuía excelentes terras para a criação do gado.
As relações permitidas no espaço fronteiriço, acrescidas dos diversos movimentos políticos ocorridos no RS, que questionaram tanto o Império como a República brasileira, levaram a elite local, especialmente do final do século XIX e início do século XX, a integrarem-se na luta do poder central na consolidação do Estado Nacional brasileiro e republicano, onde a busca de uma identidade nacional era fundamental para a sua consolidação . Nesse sentido, a produção