Nomenclatura da planta Copo-de-Leite
O copo-de-leite
Já falamos brevemente sobre os modismos e tendências que podem grassar a jardinagem e o paisagismo. Se há uma flor que sintetiza os diversos altos e baixos que uma planta percorre pelos voláteis caminhos dos modismos e tendências, essa flor é o copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica). Dependendo do paisagista ou do proprietário do jardim, ela pode ser considerada um exemplar sublime de herbácea ou epítome da velha escola “ultrapassada” do paisagismo. Este blog não compactua com extremismos, por isso vamos expôr a planta como sempre fizemos: mostrando-a, explicando-a (ainda que brevemente) e dando dicas de plantio.
A nomenclatura binominal denuncia: ela é nativa da África, endêmica na Áfica do Sul e Suazilândia e cresce naturalmente nas margens de rios e lagoas, pois o copo-de-leite prefere solos e clima úmidos e temperados (por isso ela também é chamada de lírio-do-nilo). Em alguns biomas ela pode ser considerada invasiva graças à sua extrema rusticidade e facilidade de plantio. Bastam solo bem úmido e com boa quantidade de matéria orgânica (solos pantanosos ou brejosos são os seus preferidos) e ambiente a pleno sol ou sob meia-sombra. O copo-de-leite é escolhido por quem tem locais próximos a lagos ou espelhos d’água, mas também presta-se ao plantio entouceirado graças ao efeito ornamental das flores e folhas. Vasos que retêm umidade também são bem-vindos.
As grandes folhas coriáceas e cordiformes do copo-de-leite não deixam esta planta herbácea perder o viço paisagístico mesmo sem flores. Verdes-escuras e com tamanho que podem chegar a 45 centímetros, as folhas formam um maciço compacto. A flor é monopodial e nasce sobre uma haste que alcança até um metro. A inflorescência verdadeira é a parte amarela, chamada de espádice, e as pequenas flores são atraídas pelos polinizadores graças à bráctea branca que a envolve, que dá à flor o porte de um cálice. A flor (simplificaremos chamando a espádice e a