Noelismo

O OLHAR DAS NOELISTAS: REPRESENTAÇÕES DA FAMÍLIA CRISTÃ NO JORNAL A IMPRENSA (1931 -1945)
Ao analisar a família brasileira no momento hodierno constata-se uma série de diferenciações que possibilitam constituir uma historiografia múltipla e que tem como perspectiva um mundo moderno em constante processo de transformação e tentativa de homogeneização por um paradigma instituído a partir de determinadas esferas sociais que tem como valores uma cultura cristã apregoada ao contexto sexista. Neste sentido, este trabalho busca compreender a constituição da família na Parahiba do Norte1 num momento de encontro da sociedade com a realidade moderna e com a ruptura de determinados signos desta sociedade.
Para fazer este trabalho utilizo como ponto de partida o Núcleo Noelista em consonância com leituras da constituição da Igreja Católica pós Concílio Vaticano II no contexto historiográfico do Brasil mais especificamente a Parahiba do Norte no início do século vinte e leituras da historiografia da família. Logo, este texto parte de uma tríade (família, estado e igreja) que possibilita compreender um projeto social, cultural, religioso e econômico de um dado momento histórico (Le Goff).
Pontuado o momento e o local analisado torna-se necessário especificar os motivos que corroboraram para este trabalho que faz parte de um projeto maior2. Ao fazer história da família no Brasil é necessário compreender as dimensões religiosas que estão inseridas nesta perspectivas, pois a religiosidade é indissociável na gênese desta nação que importou uma série de elementos e símbolos fundantes para formação de uma identidade e/ou identidades. Portanto a utilização de Certeau (2003) é necessária para entender o lugar social dos sujeitos desta sociedade que é considerada no contexto internacional contemporâneo plural.
Para chegar à conclusão e aceitação de um Brasil plural no sentido religioso, cultural e social ocorreram uma série de entraves. No contexto do século vinte a utilização de