Niède Guidon
Especializou-se em arqueologia pré-histórica, pela Sorbonne, e especialização pela Universidade de Paris I.
Desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando no Piauí seus trabalhos, que culminaram na criação, ali, do Parque Nacional Serra da Capivara. Atualmente é Diretora Presidente da Fundação Museu do Homem Americano.Os achados arqueológicos de Guidon1 levam a crer que o povoamento do continente americano se deu muito antes do que se acredita de ordinário. Enquanto a teoria mais comumente aceita do povoamento das Américas postula que os primeiros humanos chegaram no continente há 15.000 anos, alguns dos sítios arqueológicos de Guidon contém artefatos que datam de 45.000 anos atrás. O problema de sua hipotése é que o que é tido por Guidon e sua equipe como sendo "artefatos" é tido por outros como sendo "geofatos" - os primeiros sendo produtos do trabalho humano e os últimos sendo produtos da ação de forças naturais. Antropólogos estadunidenses - entre os quais estão os mais ferrenhos críticos das teorias de Guidon - se encontram em ambos os lados da questão: alguns aceitam as evidências arqueológicas sem contestá-las; outros pensam que elas não são sólidas o suficiente para derrubar as antigas hipotéses. Enquanto isso, os achados se acumulam.
Com uma grande equipe trabalhando para si e com inúmeros projetos em andamento, Guidon espera reescrever a versão corrente da história demográfica do homem. Embora sua teoria tenha lacunas, o acúmulo de evidências arqueológicas fortalece cada vez mais suas hipóteses.
Em 1997 foi uma das finalistas do prêmio Mulher do Ano da Revista Cláudia, da editora Abril;
Em 2005, no dia 2 de março, ganhou o Prêmio Faz Diferença, entregue pelo jornal O