Nitretação
SAL E A NITRETAÇÃO GASOSA, ATRAVÉS DE ENSAIOS DE DESGASTE
POR DESLIZAMENTO E ROLAMENTO.
Bernardo Loeb*
José Francisco de Oliveira*
Manoel Mendes*
Tatsuo Sakima*
Resumo
Este trabalho mostra os resultados comparativos de dois processos de nitretação, em banhos de sal e em meio gasoso, sujeitos aos fenômenos de desgaste. Foram utilizados quatro tipos de aço para construção mecânica com três acabamentos diferentes e submetidos à ação tribológica de deslizamento e de rolamento. Quatro empresas realizaram os tratamentos termoquímicos mencionados. As amostras apresentaram os seguintes acabamentos de superfície: retificado, laminado e trefilado, nos aços ABNT 1015, ABNT 1035,
ABNT 1045 e ABNT 8620.
A avaliação foi feita através de dois ensaios de desgaste, um por deslizamento de pino contra o disco e o outro de rolamento de pino contra a capa de rolamento.
São mostrados também os resultados obtidos por metalografia das amostras nitretadas, os valores da rugosidade e a análise completa dos aços utilizados.
Os resultados nos mostram que tribologicamente o método a sal é superior ao gasoso. Introdução
A nitretação consiste na introdução de nitrogênio na superfície da peça, cujos processos recebem as designações comerciais de Tenifer, Tenox, Sursulf, Nitemper, Deganit,
SCN, Oxinit, Ionit, Ionox, etc. São tratamentos termoquímicos de carbonitretação a baixa temperatura segundo a escola francesa, ou nitrocementação ferrítica segundo a americana, e correspondem à nitretação de ciclo curto.
O início do processo ocorreu há cerca de meio século e seu grande desenvolvimento deu-se na década de 1.960 com os banhos de cianeto. Em seguida, foi criado o processo a gás e só mais recentemente foi desenvolvido o processo gasoso com adição de enxofre. Outras evoluções do processo referem-se ao desenvolvimento do banho de sal não poluente com ou sem enxofre e a oxidação superficial