nightingale
Florence Nightingale foi uma lenda viva, conhecida como a ‘Senhora da Candeia’. Liderou as enfermeiras que cuidaram de milhares de soldados durante a Guerra da Crimeia e ajudou a salvar o exército Britânico de um desastre médico. Foi também uma visionária da reforma da saúde, bem como uma brilhante dinamizadora de campanhas. Foi assim uma das mulheres mais influentes da Grã-Bretanha Victoriana e do seu império, sendo apenas ultrapassada pela Rainha Vitória. Quando morreu, em 1910, com 90 anos, era conhecida em todo o mundo.
O Museu Florence Nightingale é uma viagem pela vida e pelos tempos da ‘Senhora da Candeia’. A história de Florence é contada em três pavilhões: A Gaiola Dourada, que se foca na sua vida familiar, o Chamamento, sobre o seu trabalho durante a guerra da Crimeia, e Reforma e Inspiração, dedicado às suas campanhas pela reforma da saúde. O museu é rodeado por um panorama composto por imagens de enfermeiras e da enfermagem em geral.
Os pais de Florence eram abastados, bem relacionados e pertenciam à classe média-alta. Os seus rendimentos provieram originalmente da exploração de minas de chumbo. Eram cultos, interessando-se pelas artes e pelas ciências, e acreditavam na tolerância religiosa e no auxilio aos mais desfavorecidos. Florence sentia-se cada vez mais acorrentada na sua vida de luxo e de compromissos sociais – ou, como ele própria descreveu, a “tirania” do salão. A sua família não aceitou a sua obsessão com a enfermagem e a sua recusa em casar e não lhe permitiu estagiar num hospital em Salisbury, nem por poucos meses. Os hospitais eram sujos e perigosos e as enfermeiras tinham fama de se embriagarem.
Por fim, foi permitido a Florence estudar enfermagem em Kaiserswerth, uma comunidade religiosa perto de Dusseldorf, na Alemanha, onde um pastor protestante e a sua mulher geriam um hospital, orfanato e colégio. Aí, Florence estudou terapêuticas, aprendeu como tratar feridas, assistiu a