neuropsicologia
Para Lezak (1995) a neuropsicologia é a ciência voltada para a expressão do comportamento por meio das disfunções cerebrais e ampara-se na avaliação neuropsicológica, entendida como um conjunto de métodos destinados à investigação do funcionamento cerebral.
Proposta como uma disciplina por Osler no início do século, a neuropsicologia tem sua história imbricada na medicina desde a antiguidade; registros históricos relacionando o cérebro e funções motoras foram encontrados nos séculos XVI e XVII a.C. no Egito. Todavia, somente com os grandes avanços científicos observados em meados do século XIX, tanto na medicina quanto em a emergente ciência psicológica, é que se criaram as condições de complementariedade no estudo do comportamento humano (Mäder, 1996).
Por um lado, a medicina era alimentada pelos constantes desenvolvimentos da fisiologia e da fisiopatologia na compreensão dos diversos quadros nosológicos, especialmente na neurologia, e sua atenção dirigia-se mais para o estudo dos aspectos patológicos das desordens, tanto na diagnose quanto na terapêutica do que propriamente os mecanismos funcionais normais relegados à fisiologia.
A psicologia que almejava seu status de ciência desde sua origem voltava-se às dimensões da fronteira fisiológica, especificamente na psicofísica, para compreender as determinações do comportamento por meio de suas propriedades reacionais aos estímulos do meio. A proximidade das investigações no campo fisiológico e psicofísico permitiu o desenvolvimento paralelo de métodos e técnicas destinados ao estudo das manifestações comportamentais utilizadas por ambas especialidades. Um outro ponto de confluência dessa relação foi o desenvolvimento dos instrumentos psicométricos, os precursores dos atuais testes psicológicos, originários de uma vertente psiquiátrica, pelos estudos de Galton, Cattel, Binet e Pearson, bem como de seu franco desenvolvimento em solo americano desde então amparados pela escola funcionalista.