Neuro
Transtornos Mentais Orgânicos
Síndrome e Distúrbios Mentais Orgânicos*
I. Introdução
A. Definição. O termo orgânico implica disfunção cerebral. Síndrome é uma constelação de sinais e sintomas. Distúrbio implica uma etiologia presumida ou conhecida (apesar de o DSM-III-R utilizar, freqüentemente, distúrbio em vez de síndrome, quando parece provável uma etiologia específica).
Todos estes diagnósticos requerem uma anormalidade psicológica ou comportamental associada a uma disfunção cerebral transitória ou permanente. Freqüentemente, as fronteiras entre a doença orgânica e a funcional são tênues.
B. Abordagem geral do paciente orgânico. Usualmente, síndromes mentais orgânicas crônicas são mais sutis e lentamente progressivas, em suas manifestações clínicas do que as síndromes mentais orgânicas agudas. Apesar de os fatores etiológicos serem evidentes, freqüentemente, em síndromes agudas, este não é o caso, habitualmente, das síndromes crônicas.
1. Sinais inespecíficos de organicidade crônica
a. Comprometimento intelectual, mnêmico e cognitivo (pensamento superficial, falta de flexibilidade intelectual, perseveração, comprometimento do juízo).
b. Alterações da personalidade.
c. Desinibição (inadequação ou exacerbação dos traços de personalidade subjacentes).
d. Pobreza do discurso com diminuição do vocabulário e uso de chavões.
e. Alucinações visuais proeminentes.
f. Afeto pode ser inicialmente deprimido, ansioso e lábil, porém pode progredir para um afeto raso, apático e vazio.
C. Avaliação clínica
1. Anamnese. Pode ser demorada, requerendo informações de outras pessoas. Necessidade de informações a respeito das condições pré-mórbidas.
2. Física. Enfatizar a avaliação neurológica, porém, não descuidar de outros sistemas.
3. Estado mental. Avaliar cuidadosamente a cognição, porém não ao ponto de perder outras informações, especialmente aspecto e comportamento geral, humor/afeto e conteúdo e processo de