NEURO CIENCIA E EDUCAÇÃO
A discalculia pode ser definida como uma desordem neurológica que afeta a habilidade do indivíduo de compreender e manipular números.
O déficit, com origem genética, neurobiológica ou epidemiológica, se refere especificamente à inabilidade de executar operações aritméticas, cálculo e o raciocínio matemático.
Apesar de não ser rara, e menos conhecida, é potencialmente relacionada a outros distúrbios como dislexia e a dispraxia.
Sabemos que as dificuldades com a capacidade matemática apresentadas acarretam limitações, trazem prejuízos significativos para atender as demandas cotidianas de qualquer indivíduo. No caso, um indivíduo que encontra-se abaixo da média esperada para sua idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade.
Apresentaremos a seguir mais detalhes sobre possíveis causas, sintomas, tratamento e finalizaremos com as possíveis intervenções pedagógicas que incluí entre outros o atendimento especializado de um Psicopedagogo.
2. Etiologia
Para entender as causas da discalculia, as investigações têm ocorrido em diversos domínios.
Ainda há indicações de que é um impedimento parcialmente congênito ou hereditário, uma má formação neurológica que atinge crianças e adultos.
No campo Neurológico, ela foi associada “à lesões ao supramarginal e os giros angulares na junção entre os lóbulos temporal e parietal do córtex cerebral”. Existem também pesquisas feitas por estudiosos de matemática que mostram o aumento da atividade de EEG (Electro-Encefalograma) no hemisfério direito durante o processo de cálculo algorítmico e ainda, existe alguma evidência de déficits direitos do hemisfério na discalculia.
O desenvolvimento neurológico implica na maturação progressiva através das modificações do sistema nervoso e se caracteriza pelas diferentes funções, que vão se estabelecendo ordenada, progressiva e cronologicamente. Maturação é a soma das características de evolução neurológica apresentadas pela maioria dos indivíduos