neotalogia
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Clínica de Grandes Animais I - EquinosNEONATOLOGIA
São muitos os fatores de risco em um animal jovem, principalmente na sua fase adaptativa, ou seja, nos primeiros dias após o nascimento, ou até no primeiro mês propriamente dito.
Ao nascimento o potro deve passar por fases que incluem a adaptação neurológica, cardiovascular, pulmonar, gastrointestinal e muscoloesquelética em relação ao novo ambiente de vida (extrauterino), portanto muitas afecções podem se relacionar a estes diferentes sistemas e a seus órgãos formadores. A identificação precoce de uma anormalidade quase sempre resultará no bom prognostico de cada caso, portanto o exame clínico pormenorizado destes potros, que não devem ser considerados apenas pequenos cavalos, é importante e fundamental.
Cuidados básicos com os neonatos recém-nascidos:
1. Ingestão do colostro – fundamental para transferência passiva de imunoglobulinas da égua para o potro, já que a placenta das éguas é do tipo epiteliocorial impedindo a transferência de anticorpos durante a gestação. A IgG é absorvida seletivamente por células epiteliais especializadas no intestino delgado dos potros, principalmente nas primeiras 24 horas, já que a partir deste período estas células são substituídas resultando na perda da capacidade de absorção de imunoglobulinas.
Agalactia ou mesmo morte da égua podem suprimir o potro jovem da ingestão do colostro, necessitando de uma fonte alternativa. O ideal é a formação de um banco de colostro, ordenhando-se cerca de 250 ml em éguas recém-paridas e posterior congelamento para conservação, podendo ser utilizado para os potros que não tiveram a possibilidade de ingerir o colostro da própria mãe.
2. Cuidados com o coto umbilical – é fundamental que após o nascimento, logo nas primeiras horas, se realize a cauterização química do coto, a fim de se prevenir uma grande porta de entrada para possíveis infecções (locais = onfaloflebite e generalizadas = septicemia). Este procedimento deve ser realizado com solução