Neonatologia
1- Introdução:
O progresso da neonatologias nas últimas décadas tem proporcionado um aumento na sobre vida dos RNPT e RNPT de extremo baixo peso, porém, apesar dos avanços tecnológicos e de medida como uso de corticoide antenatal do surfactante, da ventilação mecânica, do uso de oxido nítrico e da nutrição parenteral, as sequelas a longo prazo, principalmente as neurocomportamentais continuam altas. O aumento da sobrevida dos RNPT levou a um aumento da infecção hospitalar (IH), que passaram a ser um dos fatores limitantes na sobrevida destas crianças. Sabemos que o principal componente da mortalidade infantil atualmente no Brasil é o componente perinatal, sendo a IH a principal de óbito nessa faixa etária. Além do impacto na sobrevida dos RNPT, tem consequências também na qualidade de vida, contribuindo para altas taxas de paralisia cerebral, dificultando a inserção de um adulto saudável na sociedade. As taxas de mortalidade infantil brasileiras (19,3/1000 nascidos vivos) estão semelhantes as encontradas nos países desenvolvidos no final da década de 60, e é cerca de 3 a 6 vezes maior do que em países como: Japão, Canadá, Cuba, Chile e Costa Rica, que apresentam taxas entre 3 a 10/1000 nascidos vivos (UNICEF 2008). Esses países conseguiram uma redução simultânea da mortalidade pós natal e neonatal, enquanto no Brasil não houve mudanças significativas do componente neonatal nas ultimas décadas (LANSKY et al, 2009). A rede Vermont Oxford Network (VON) relata taxa de mortalidade de 150/1000 nascidos vivos nos RN de muito baixo peso (RNMBP) no ano 2002 (HORBAR, 2003 b), enquanto neste mesmo período no Brasil há relatos de taxas de 512/1000 (CASTRO, 2007). As intervenções dirigidas a sua redução dependem, portanto de mudanças estruturais relacionadas as condições de vida da população, assim como de ações diretas definidas pelas