Neologismo
Maria Leonor Buescu, de 1983, no capítulo XVI, apresenta uma longa lista do que poderiam ser neologismos no final do século XVI. Diz o autor que "os portugueses têm vocábulos que não podemos dar origem e que são seus peculiares de que há grande número" (p. 279). http://books.scielo.org/id/3fz/pdf/oliveira-9788523208714-02.pdf Guilbert (1975), apresentando a neologia como o processo de criação lexical, destaca as principais razões que desencadeiam tal processo:
a) necessidade de nomear objetos, conceitos ou outras realidades inéditas em nossa vida social;
b) necessidade de maior expressividade do discurso, através da criação neológica estilística, muitas vezes efêmera, como se pode ver no discurso humorístico, bem como em manchetes jornalísticas, em que a função apelativa está muito presente;
c) uso de certas unidades lexicais do discurso, não identificadas como novas unidades, quer na produção, quer na recepção, por não se distinguirem das demais unidades lexicais da língua, mas que passam a ser consideradas neologismos pelo fato de não se encontrarem registradas em dicionários de língua; d) uso disseminado, em certas épocas, de formantes já existentes ou novos na língua, dando origem a inúmeros neologismos, a exemplo atualmente de super- (superpromoção, superofertas), micro- (microcrédito, microempreendedor), -ada (siliconada), –eiro (cabideiro, trilheiro).
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Há três fases da neologia que devem ser observadas:
a) a fase inicial do processo, quando o neologismo está sendo criado;
b) a fase que sucede à criação e se refere à recepção ou ao julgamento de sua aceitabilidade por parte dos destinatários, assim como sua inserção no vocabulário de um grupo lingüístico cultural;
c) a fase em que começa o processo de desneologização.
É, portanto, na terceira fase da neologia