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Introdução
As glândulas adrenais, ou supra-renais, foram descritas por um anatomista italiano em
1563, Bartolomeu Eustachius, sob a denominação de Glandulae renibus incumbentes. Em 1628,
Riolan modificou o nome para capsulae suprarenales. Em 1855, Addison descreveu a doença que hoje tem seu nome e somente em 1894, Oliver e Sharpey-Schafer relataram a ação fisiológica do extrato destas glândulas. São estruturas bilaterais situadas crânio-medialmente aos rins (Figura 1). Apresentam uma cápsula e estão divididas em duas zonas distintas: o córtex e a medula. O córtex adrenal é subdividido em 3 zonas (Figura 2), cada uma com características anatômicas específicas. A zona glomerulosa, mais externa, secreta um hormônio mineralocorticóide conhecido como aldosterona. A zona fasciculada vem logo a seguir e produz o glicocorticóide cortisol e, por fim, a zona reticular que produz os hormônios sexuais ou esteróides androgênicos. A medula adrenal é a região central da glândula e secreta os hormônios chamados de catecolaminas. A identificação das zonas é difícil em pequenos roedores. Nas aves as glândulas adrenais encontram-se encobertas pelas gônadas e os tecidos medular e cortical se apresentam entremeados.
Figura 1. Localização das glândulas adrenais.
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Seminário apresentado pela aluna LUCIANA SULZBACH DA SILVA na disciplina BIOQUÍMICA
DO TECIDO ANIMAL, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, no primeiro semestre de 2005. Professor responsável pela disciplina: Félix
H. D. González.
Figura 2. Apresentação histológica da glândula adrenal.
Fisiologia da adrenal
Estes órgãos estreitos têm uma grande influência no metabolismo de todo o organismo.
Os hormônios adrenais atuam em vários órgãos e participam de todo o metabolismo, muitas vezes em associação com outros hormônios. O mecanismo de secreção obedece algumas vezes a uma retro-alimentação negativa,