Neg. inter
No que tange à tecnologia, as preocupações podem ser agrupadas nas seguintes categorias:
• À luz das teorias “neofatoriais” ou “neotecnológicas”, os esforços endógenos de tecnologia e inovação são determinantes da performance exportadora ao nível da firma? Quais os tipos de esforços são mais relevantes?
• Existem efeitos de transbordamento (spill-over effects) resultantes desses esforços entre setores ou regiões?
• Os resultados sobre as exportações desses esforços endógenos ou transbordamentos são condicionais à intensidade tecnológica da indústria à qual a firma pertence?
As teorias neofatoriais tratam o capital humano e os investimentos em tecnologia como mais um fator de produção (fator “conhecimento”), tais como capital e trabalho. Assim, as previsões tradicionais ainda permanecem válidas; por exemplo, as firmas que pertencem a um setor intensivo em conhecimento em um país no qual o capital humano é um fator escasso terão menor propensão a exportar (ou até mesmo a existir). Por isso, os esforços endógenos de tecnologia e de inovação apresentam impacto diferenciado sobre o comércio exterior dos diferentes países.
Apesar de interessante, a abordagem neofatorial não é capaz de captar a dimensão dinâmica do papel da tecnologia no comércio exterior, pois tal abordagem se limita a adaptar os insumos tecnológicos a modelos essencialmente estáticos. Em oposição,a teoria do hiato tecnológico confere à tecnologia e à inovação o papel de criar novos mercados e vantagens comparativas dinâmicas, visto que às firmas inovadoras é dado um poder de monopólio temporário no novo mercado. Por sua vez, a teoria do ciclo de produto dá um passo adiante e estabelece que a tecnologia e a inovação apresentam importância condicional à fase do ciclo de um determinado produto. Na primeira fase, de desenvolvimento e de lançamento, a tecnologia de produção é intensiva em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e capital humano, enquanto na última