Necessidade de capital de giro
O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser aplicados nos ativos permanentes da empresa. Todavia, capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa. A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos:
• Com base no ciclo financeiro ou
• Com utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial)
Cálculo com Base no Ciclo Financeiro
Esse método é aplicável a uma empresa em fase de implantação, por ainda não dispor de demonstrações contábeis. A necessidade de capital de giro corresponde ao caixa operacional, ou seja, ao montante mínimo de recursos financeiros necessários para garantir a operacionalidade da empresa. Trata-se de uma forma simples de se efetuarem os cálculos, pois o método pressupõe que as despesas projetadas anuais são uniformemente distribuídas ao longo do ano.
Cálculo com Base no Balanço Patrimonial
O capital de giro líquido (CGL) é definido como a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Porém, nem todo o valor do CGL assim calculado representa efetiva necessidade de investimento. O ativo circulante contém contas transitórias (caixa, bancos, aplicações financeiras de curto prazo) e no passivo circulante também são transitórios os empréstimos e financiamentos de curto prazo, bem como os seus respectivos encargos financeiros. Essas contas transitórias (ativo e passivo flutuantes) não estão relacionadas à necessidade de investimento em capital de giro.
Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa com base em seu balanço patrimonial é necessário que se reclassifiquem algumas contas tanto do ativo como do passivo – com a finalidade específica de se proceder a esses cálculos. Passa-se a considerar o balanço patrimonial da seguinte maneira:
Ativo Permanente (AP) –