NDIOS PATAX S
Originário da Aldeia de Barra Velha (conhecida como Aldeia Mãe), área indígena do Monte Pascoal, e distribuído em várias aldeias por diversos municípios (Prado, Itamaraju, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro), o povo pataxó sempre foi guerreiro. Desde os tempos da invasão portuguesa, por volta de 1500, lutam para se firmar em um lugar e preservar história, cultura e língua, costumes e tradições que foram se perdendo desde que os pataxós foram juntados a tribos Maxacalis e Botocurus em uma aldeia de onde não podiam sair.
Canto e dança: O Awê significa o amor, a união e a espiritualidade com a natureza. A dança e o canto são instrumentos de comunhão entre os pataxós e a natureza. Através do canto e da dança, o povo adquire energias da terra, do ar, da água, do fogo e de todas as energias positivas que formam a natureza.
Pintura: A pintura corporal é um bem cultural de grande valor. Representa parte da história do povo, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados. A pintura corporal é usada em festas tradicionais na aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção. Há pintura para rosto, braço, costas e pernas. As pinturas são específicas para homens e mulheres casados e solteiros. As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.
Alimentação: A base é a pesca, frutos e raízes. A mandioca, sem dúvida, é o alimento preferido. É dela que os pataxós fazem a bebida sagrada conhecida como kawi, o makaiaba (o beiju) e kuiuna (farinha). Inhame, batata, amendoim, taioba etc. também são cultivadas. Outro alimento muito apreciado é o peixe preparado na folha da patioba, pois ele é um alimento saudável que rejuvenesce o corpo e purifica o espírito.
Artesanato: O artesanato é feito a partir de tudo aquilo que a natureza oferece, como madeiras, sementes, palhas, cipós, argila, penas, bambu etc. Alguns artesanatos são feitos de barro, como o pote, a talha e a panela. Outros são feitos de cipó, como o caçuar e o