nazifascismo
A situação crítica que se encontrava a Europa após a guerra concorreu para o surgimento de ideologias políticas totalitárias que se apresentavam como solução para todos os males. Crescia, portanto, uma terceira via, além da democracia liberal e do socialismo. O fascismo e sua versão alemã o nazismo são as maiores expressões deste quadro. Nos países em que o totalitarismo triunfou, sobretudo na Itália e na Alemanha,ocorrem situações parecidas: um regime democrático frágil, polarização entre a esquerda (comunistas e anarquistas) e a direita nacionalista, crise econômica e, por fim, a figura de um líder incorporando os símbolos nacionais.
Argumenta-se que o regime totalitário é uma resposta aos momentos de crise. No contexto histórico específico do fascismo, acrescenta-se o avanço das idéias socialistas como um fator explicativo importante. Esta idéia é defendida pelo historiador marxista Eric Hobsbawm. Segundo ele, a ascensão da direita totalitária foi uma espécie de resposta ao crescimento do poder operário, evidenciado na Revolução de Outubro, na Rússia. Hobsbawm continua dizendo que a direita radical já fazia parte do cenário político europeu desde o fim do século XIX, mas eram mantidos sob controle. O "perigo" socialista viria mudar este contexto.[1] Ainda neste aspecto econômico, diz-se que o fascismo surge como solução para os conflitos entre capital e trabalho. A burguesia, temerosa de perder o seu poderio neste conflito, alia-se então aos regimes totalitários de direita.
Outros estudiosos argumentam diferente. Priorizando o aspecto político, encontram-se aqueles que defendem a idéia de um "vazio hegemônico" para explicar o surgimento do nazi-fascismo. Este conceito é utilizado para caracterizar uma situação onde, em um determinado lugar, nenhum grupo social se encontra em condições políticas e econômicas de impor o seu projeto de poder. Neste momento, então, surge a figura de um líder que "toma pra si" a responsabilidade política de