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No final da Idade Média, enquanto a Europa ainda vivia subjugada e sufocada pela dominação da Igreja Católica, o islamismo expandia-se por todo o Oriente Médio, Norte da África e penetrara, também, por quase toda a Península Ibérica (onde se situariam as futuras Portugal e Espanha). Ali, por séculos, viverá de forma harmônica e tranquila com os habitantes da região.
No entanto, como parte da luta “contra o infiel”, o herege “sarraceno” (árabes e turcos islamizados), a Igreja Católica determina uma cruzada de “Reconquista” da Península Ibérica.
Esta cruzada, “A Reconquista”, que será encampada principalmente pelos reinos hispânicos de Leão e de Navarra, agiu de forma intransigente e com extrema violência contra as populações árabes estabelecidas na futura Espanha, desencadeando violenta guerra que consumirá quatro séculos (se estenderá dos séculos XI ao XV) até que, em 1492, Granada, a última fortaleza “moura”, seja completamente arrasada.
Por sua tradição de tolerância com outras religiões e pela proteção e incentivo que os islâmicos ofereciam à ciência, à filosofia e às artes, havia uma convivência tranquila não apenas entre cristão e islâmicos, mas também em relação aos judeus da Península Ibérica que, ao contrário do que acontecia em outras partes da Europa, não eram molestados ou perseguidos pelos islâmicos.
Esta situação muda completamente, na medida em que as forças ligadas à Igreja Católica vão apoderando-se e avançando sobre o território ibérico. Tanto quanto os árabes e turcos (os mouros), os judeus também tornam-se vítimas da intolerância e da perseguição aos hereges.
Em meio a estes fatos, um pequeno território ligado ao reino de Leão irá tirar proveito da situação de guerra vivida na Península Ibérica e, na medida em que a guerra avança, acabaria por adquirir sua própria independência. Tratava-se da futura Portugal, que no ano de 1.143, surge como um novo reino na região.
Ao contrário dos