nataçao

Curso de 1º Nível - F.P.N.

ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO

LUÍS CARDOSO
LUÍS RAMA

ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO

I – INTRODUÇÃO

As especificidades que caracterizam o comportamento do ser humano na água, sustentam a necessidade de haver uma etapa própria da aprendizagem, etapa esta designada por Adaptação ao Meio Aquático (AMA). Segundo Chollet, adaptação consiste em um “ajustamento positivo a uma situação que evolui”. Neste sentido, o processo de AMA não é mais do que um processo de aprendizagem global, cujos objectivos principais são o ajustamento ao meio aquático, visando uma melhoria do comportamento naquele “novo” meio.
A AMA, está intimamente ligada ao conceito de “saber nadar”. Este conceito é algo vago, não se encontrando bem definido o seu conteúdo, podendo levantar algumas questões quando referido por diferentes pessoas. Assim, existem algumas noções sobre este conceito, noções estas que variam muito consoante a formação e as vivências do próprio indivíduo, denotando-se alguma dificuldade junto do senso comum em referir o conjunto de “requisitos” ou critérios determinantes e mais importantes nos vários domínios que constituem o saber nadar.
Os autores que estudam e trabalham nesta área, têm de uma maneira geral uma definição do conceito referido.
Cantarino de Carvalho (1994), num inquérito realizado junto de técnicos de educação física e alunos do 11º ano de escolaridade, extraiu alguns conceitos por eles referidos como “saber nadar”:

Dominar as técnicas dominar equilíbrio flutuar estar à-vontade dominar respiração capaz de competir não se afogar evitar fadiga ao deslocar dominar situações imprevistas dominar propulsão capaz de se deslocar
(...)

Podemos verificar que os resultados obtidos, não estão, no seu conjunto, longe daquilo que é considerado como uma definição correcta e ecléctica do “saber nadar”, verificando-se apenas a necessidade de clarificar o seu conjunto e relaciona-los entre si.
De